sábado, 28 de setembro de 2013

À beira da morte

Olá meu nome é Jacob e estou à beira da morte e vou escrever esse “diário” para que essa missão não tenha sido em vão... primeiro vou contar porque estou aqui e o que aconteceu por esses tempos.



Embarquei na nave às 4 horas da manhã do dia 19 de setembro de 2159. Estava frio, minha boca estava seca e estava com medo, pois era a primeira vez que faria uma missão desse porte.


Entramos na nave, eu estava quieto, pois não conhecia ninguém. Logo que eu sentei e injetaram o chip de localização em mim, peguei no sono... Acordei assustado, a nave estava com muita turbulência e não consegui pegar no sono de novo, estava todo mundo dormindo e a nave estava em um silêncio tenebroso. Abri o cinto de segurança e caminhei silenciosamente e lentamente sobre um corredor de onde vinha um pequeno e agudo barulho. Segui o barulho até dar em uma porta. Puxei a alavanca e entrei na sala. Estava muito frio lá dentro.

Uma fumaça estava saindo, meus olhos estavam ardendo e comecei a tossir. Peguei minha blusa e botei em frente a minha boca. Fui ver e tinha um cano estourado, tudo começou a ficar cheio daquela fumaça, parecida com uma neblina muito densa, não conseguia ver mais um metro a minha frente e comecei a ficar tonto. Corri para frente, bati em alguma coisa, parecia uma grade não conseguia ver o que havia dentro. Botei minha mão naquilo e alguma coisa rasgou meu braço, começou a arder muito. Nessa hora eu fiquei desesperado, corri para trás sem saber para onde ia. Enfim cheguei à porta fechei-a rapidamente e corri para os assentos, não estava mais agüentando parar em pé. Aquele gás com o meu ferimento me deixaram totalmente atordoado. Então eu apaguei...

Quando eu acordei o alarme estava ativado e estava todo mundo acordado, levantei ainda meio tonto e fui ao meu assento e botei a mascara de gás. A nave estava tremendo muito, apertei o cinto e encostei minha cabeça no assento e fechei os olhos. Escutei um barulho e abri meus olhos e senti que a nave estava caindo. Levantei e fui perguntar o que estava acontecendo. Me lembro apenas de falarem para eu me sentar e então a nave caiu. Nisso eu bati a cabeça e apaguei... 

Quando acordei só vi uma luz muito forte na minha cara. Levantei, olhei para o meu braço que estava inchado e soltando pus. Não sabia o que fazer, a nave estava com um buraco no teto e tinha uma árvore gigante no meio dela. Andei até a saída. Quando eu vi a nave estava a uns 500 metros acima do chão. Não sabia onde estava, mas estava com medo. Não sabia o que fazer. Fiquei parado e sentei, pensando em tudo o que passei...No meio desse pensamento escutei um barulho: era um agente, ele estava muito estranho, levantou e foi para cima de mim, me arranhou no peito e tentou me desferir um soco. Eu desviei, dei um soco nele e ele caiu. Veio um mais violento ainda - eu o peguei e o chutei para fora da nave. Depois de uns segundos escutei o corpo cair na superfície do planeta. Assustado, vi outros levantando e então eu corri até a saída e pulei em uma árvore e eles pararam. Fiquei com muito medo não sabia o que fazer. Desci à superfície corri o mais rápido que consegui, mas um animal gigante me viu e tentou me atacar. Como eu corri... corri para um buraco debaixo de uma árvore. Peguei uma raiz e saí.

Ele veio para cima de mim e eu dei-lhe uma chicotada. Tentou me ferir, eu desviei e enrosquei a raiz no pescoço dele. Apertei e ele caiu, não parei de apertar e ele não teve mais reação, ele tinha morrido.

Não tinha mais sentido a vida, não tenho porque ficar aqui, decidi escrever esse diário antes de apertar o botão de auto -destruição localizado no meu cinto. Adeus!


(por Pedro Nunez, Ernesto Yuji Harano Alves e Gabriel Borges)

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