quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Viagem Muito Estranha.

Numa tarde, Dagoberto volta para casa e encontra sua mãe lhe esperando. Ele percebeu sua aflição logo no primeiro olhar, apesar da felicidade mista a euforia serem muito mais fortes do que qualquer outro sentimento.

Ela o ajuda a com as malas, nota algo diferente em seu filho e logo pensa que uma coisa assim já era de se esperar, pois ele acabara de voltar.

Ela pergunta imediatamente se estava tudo bem, pede detalhes de tudo que seu filho havia passado.


Dagoberto começa a contar, mas ela pede novamente mais detalhes, para confirmar. Então ele recomeça seu relato bem do principio.

Conta que já no avião muito perto do destino, Transilvânia, começa uma turbulência assustadora, onde crianças e mulheres gritavam e choravam, pessoas pulavam de suas cadeiras, outros caiam no chão, quando uma voz muito grossa e meio assustadora fala, se identificando como comandante, dizendo que tudo aquilo era normal, por ser um trecho com muitas montanhas, tornando o vento irregular. Finalmente aterrissam, todos apavorados, mesmo os mais corajosos, mostravam medo no olhar, apesar de negarem tal sentimento.

Era início de tarde, muito calor e o tempo estava fechado e escuro.

Dagoberto pega um taxi para o hotel, onde fica hospedado. O taxista era um rapaz muito simpático que dizia ser normal aquele clima, o que deixava o local sombrio. Ele o leva rapidamente para seu destino, e ao sair do taxi Dagoberto se encanta com o que vê.

Era um castelo maravilhoso, feito de pedras, com grandes janelas, seus vidros tinham desenhos de cavaleiros lutando contra algo que não distinguia muito bem, coisa que a principio não o alerta em nada, suas portas eram muito grandes e de madeira. Ele olha ao seu redor e vê que havia um jardim lindo, ao reparar bem este jardim lembrava um labirinto feito de plantas, o castelo era rodeado por um rio turvo e mal cheiroso. Este foi o único ponto onde deixa Dagoberto desconfortável. A porta principal do castelo ficava logo a frente de uma ponte levadiça que parecia de desenhos animados, seus passos eram marcados por um ranger suave.

Logo ao entrar vê que a iluminação do castelo não é seu ponto forte, mas pensa imediatamente que é para manter um clima medieval, para combinar com todo o resto.

Avista o balcão da recepção, mas não havia nenhum recepcionista, ele se vira para verificar se havia alguém para atendê-lo, quando surge do seu lado um atendente, era um senhor pálido, mal encarado, usava capuz e óculos escuros. Mostra-se antipático. Ele lhe entrega uma série de papeis para serem preenchidos, uma chave grande e pesada, nela havia um numero 999, quase apagado que Dagoberto presume ser do seu quarto, ele o encaminha para o fim da sala, onde havia um elevador muito antigo.


Dagoberto entra no elevador que não tinha botões, mas parecia saber para onde ia. Ao parar sua porta automaticamente se abriu e ele saiu, onde o Senhor ressurge como por encanto, o encaminhando para seu quarto. Eles param em frente a uma porta bem menor que a porta da recepção, mas com o mesmo desenho arredondado próximo ao teto. Ela é aberta pelo senhor com apenas um toque, e ao olhar bem para a porta ele verifica que o número do quarto era aquele que havia visto na chave, só que ele estava de ponta cabeça.


Seu quarto era grande com moveis de madeira, as paredes eram cor de vinho com gravuras douradas, as roupas de cama acompanhavam o jeito sombrio do restante do quarto. Ele se vira para fechar aporta, mas precisa das duas mãos para fechá-la, tenta abrir pensando ser mais fácil, mas chega a conclusão que o Senhorzinho deveria ser muito mais forte que ele ou que havia algum jeitinho para tornar esta pratica mais fácil 

Olhou para seu relógio, verificou que estava parado, quando ouve um barulho estridente, em sobressalto percebe ser o toque de um telefone antigo. Ele corre para atende-lo, e ouve o voz do recepcionista, perguntando se ele iria descer para jantar ou gostaria de ter o jantar em seu quarto.


Dagoberto pergunta por que o jantar era servido tão cedo, foi quando o recepcionista o informa que já era quase meia noite e que os serviços seriam interrompidos dentro de instantes, caso ele não desejasse nada.


Assustado por não ter percebido o horário ter passado tão rapidamente responde por impulso que não queria nada. Acomodasse, e acaba cochilando em uma poltrona confortável, mas acorda quando sente fome. Ele sai do quarto tentando ir para a recepção, mas não consegue achar o elevador, onde deduziu ser o elevador viu uma porta, que entrou e encontrou diversas estatuas, estas estatuas, tinham plaquinhas com nomes e uma lhe chamou a atenção, ela tinha o nome do seu pai, e a aparência era do seu pai que não via ha dezoito anos.

Começou a olhar as outras com mais atenção, todas elas pareciam com seus parentes desaparecidos , tropeçou em um quadro que estava jogado no chão, este tinha a pintura do senhorzinho da recepção, levantou a cabeça e viu estar em um quarto, que parecia ser do recepcionista. Ao vasculhar mais achou uma escrivaninha onde a gaveta estava semi aberta, ele deu uma espiadinha dentro e achou fotos em branco e preto que mostravam ser muito antigas, uma das primeiras era a foto do recepcionista, mas seus cabelos eram diferentes ...eram cobras.

O recepcionista era um Meduso (marido da medusa). Talvez aquelas estatuas fossem realmente seus parentes desaparecidos e transformados em pedra. Talvez ele fosse a próxima vitima. Confuso sai correndo e volta para seu quarto.

Não consegue dormir a noite toda, ouve barulhos que o apavoram e promete no dia seguinte investigar tudo aquilo, lembra não ter relógio, e se levanta para abrir as cortinas, assim veria o raiar do sol, mas é pego de surpresa quando vê que o sol lá estava. Então sai para cumprir sua promessa que era de tirar tudo aquilo a limpo. 

Sai do quarto com muito cuidado para não chamar a atenção. Vê a porta que esta no lugar do elevador. Entra, ouve um barulho que tem certeza que é o Meduso, ele começa a tremer já prevendo seu fim, mas na verdade era um gato preto, que passou como um tiro em seus pés. Ele sai correndo pela porta, mas quando se da conta esta na recepção, parecia que o quarto era o elevador. Saiu sem nem mesmo se lembrar das malas.


Pegou um taxi e se dirigiu para o aeroporto. 


Assim Dagoberto conta sua historia para a mãe, mas a mãe discorda do filho sabendo de toda a verdade. Ele nem havia saído de sua cidade, pois havia sido atropelado pelo avião antes mesmo de embarcar.


(por Giovanna Rossi, Julia Shimizu e Milena Fornazari)

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